04 abril 2014

Monument Valley

Passado num universo com uma arquitectura impossível a fazer lembrar as fantásticas obras de M. C. Escher, o jogo Monument Valley da ustwo, é uma obra de arte que não irá deixar ninguém indiferente, desde aqueles que apreciam resolver puzzles, aos que apreciam paisagens lindíssimas e mecanismos que mais parecem saídos da imaginação de Leonardo da Vinci.


Nesta aventura acompanhamos a viagem da Princesa Ida através de uma série de edifícios e monumentos, quase todos de arquitectura impossível (ou apenas possível num mundo digital), onde teremos que manipular interruptores e alavancas, para alterar a estrutura e a perspectiva do mundo que temos à nossa frente, de maneira a que a nossa princesa consiga chegar até à saída de cada um destes cenários incríveis.

O jogo é altamente intuitivo ao nível dos controlos, onde apenas temos de tocar em qualquer lugar com o dedo, para que a princesa se mova até esse ponto. Se ela não se mexer, é porque não consegue chegar lá, e é aqui que começamos a ter que brincar com as partes móveis da estrutura, e com a perspectiva.


Um caminho que nos parece impossível à partida, um precipício enorme na frente da princesa, pode ser facilmente ultrapassado rodando uma alavanca, que por sua vez faz com que um determinado bloco se una com outro num patamar supostamente mais alto (e aqui se quebram todas as regras que conhecemos da física e geometria, mas de uma forma brilhante).

Por exemplo, olhando para a figura em cima, não percebemos como é que a pequena princesa vai chegar ao local da saída no topo da estrutura, mas com um toque aqui e um rodar de uma peça ali, acabamos por conseguir uma nova perspectiva da estrutura (aos nossos olhos), o que permite que a nossa heroína consiga atravessar novos caminhos que não existiam anteriormente. Preparem-se também para caminhar nas paredes, que a gravidade é algo que pode deixar de existir de um momento para o outro.


Para além das alavancas que podemos rodar com os dedos, e dos interruptores no chão, temos de ter também atenção aos círculos presentes nas diferentes estruturas, pois são eles que nos indicam que estamos perante uma peça que se move, ou mesmo até de algo que nos permite rodar todo um monumento.

A banda sonora é muito agradável, mas todos os efeitos sonoros que vêm agregados a estes cenários animados são espectaculares. O barulho da água de uma cascata, os ruídos dos mecanismos a trabalharem no fundo quando activamos um interruptor ou rodamos alguma alavanca, os sons do piano e guitarra acústica quando manipulamos o cenário (como se fosse uma caixinha de música), etc, são belíssimos.

Os puzzles não são muito complexos, mas a sua dificuldade vai aumentando com a introdução de alguns indivíduos que se assemelham a uns corvos irritantes, que nos barram a passagem, e berram quando nos encontram à sua frente, e também com os níveis a ficarem cada vez mais extensos, onde a passagem por uma porta nos leva para outro monumento, e por aí fora, todos interligados, e cada um com um ou mais puzzles para resolver.

Se gostaram da beleza e design do Wonderputt, então deliciem-se com este jogo completamente fora do comum, que é acima de tudo uma obra de arte, onde nos vemos a querer repetir tudo de novo quando chegamos ao final, nem que seja para mostrar a outra pessoa o que seria poder viajar através do universo espectacular de M. C. Escher.


Monument Valley na App Store (Brasil)

Monument Valley na App Store (Portugal)

Tamanho: 147 MB



1 comentário:

  1. Este jogo é dos mais originais que encontrei até hoje, a atmosfera é incrível, no entanto não aconselho a compra.Só tem 10 níveis e são fáceis. Comprei no sábado e nessa noite acabei o jogo.
    Ficou um sabor a pouco.

    ResponderEliminar